terça-feira, 21 de junho de 2011

Boa parte dos médicos alagoanos não atende usuários de planos, diz sindicato

por Emanuelle Oliveira
Boa parte dos médicos alagoanos não atende usuários de planos, diz sindicato
As novas regras estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que determinam que os planos de saúde atendam os beneficiários em até 7 dias em consultas nas especialidades de pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia visam melhorar os serviços prestados pelas operadoras, mas já começaram a causar questionamentos acerca da existência de médicos conveniados.
É o que pensa o presidente do Sindicato dos médicos de Alagoas, Wellington Galvão, embora as mudanças só ocorram em 90 dias, após publicação no Diário Oficial desta segunda. `Para outras especialidades o prazo para marcação de consultas é de 14 dias. Consultas e sessões com fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas deverão ser garantidas em até 10 dias.
“Acho que as novas regras vão beneficiar a população e sou a favor disso, mas as operadoras de plano de saúde não cobrem os custos das consultas. Houve uma paralisação nacional no dia 7 de abril por causa disso. Os médicos não podem continuar recebendo valores miseráveis pelos atendimentos. Boa parte dos profissionais só está atendendo nos consultórios”, destacou Galvão.
Segundo ele, vários especialistas como o os urologistas só atendem particular no Estado. Muitas consultas custam de R$ 150,00 a R$ 400,00. Galvão afirmou ainda, que os médicos precisam ser valorizados pelos planos de saúde.
“Houve um entendimento da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) para que os profissionais só atendam em convênios que paguem R$ 80,00 por consulta. A média aqui é R$ 35,00. Tem plano de saúde que paga de R$ 56,00 a R$ 60,00. A Unimed, que é a maior operadora de Alagoas, só paga R$ 42,00”, explicou.
A universitária Aline Torres de Albuquerque, que tem o plano Medvida, destacou que como usuária a resolução foi uma maravilha. “Dá para quem pagou a mensalidade do plano marcar consulta e esperar pouco tempo. Agora a carência está mais flexível e permite ao usuário ter seus direitos garantidos”, explicou.
Ela contou que o plano que tinha anteriormente, o Lifesystem, oferecia um serviço ruim. “Eu estava precisando de consulta com o gastro e já tinha três meses de plano pago, mas só pude usar a especialidade com seis meses de plano. Se eu precisasse da consulta pra viver já estava morta”, lamentou.
Fonte: cadaminuto

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